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Pax et Bonum. (Paz e bem)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A menina Vitória

Para aqueles que se interessarem, segue o vídeo-reportagem da menina Vitória, anencéfala de dois anos que desafia a ciência por viver tanto tempo sem a ajuda de aparelhos.
Não tenham medo. O vídeo não é repulsivo, muito pelo contrário: transmite uma paz e uma alegria ao ver aquele olhar tão sereno de seu rosto, como quem reconhece o amor que recebe dos pais.
Vale a pena ver e compartilhar! Impossível não ficar emocionado.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Mensagem aos Ministros do STF acerca da aprovação da ADPF 54

Aos Excelentíssimos Senhores Ministros do STF.

Diante do cenário em que vivemos e da atual polêmica, por assim dizer, da aprovação da ADPF 54, não poderia me furtar em dirigir-lhes algumas palavras.
Como Vossas Excelências já devem prever, a causa do envio deste e-mail é justamente a legalização do aborto de crianças anencéfalas durante o período de gravidez.
Não posso, aqui, me colocar no lugar da nação brasileira, já que, infelizmente, nem todos pensam como eu (e respeito a liberdade de expressão, por isso, inclusive estou me manifestando), mas sei que muitos deles concordam com minha opinião, assim como suas caixas de entrada devem estar sendo cheias por e-mail's semelhantes aos meus (e torço para que isso não seja somente uma suposição minha).
Nestes tempos em que vivemos de liberdade de expressão, devemos levar em consideração que a vontade de alguns, por mais destaque que possuam, não pode ser usada como opinião geral. É justamente por isso que estou enviando esta mensagem. Não concordo com o fato de se tirar a vida de um ser humano indefeso. Sei que esse argumento já é bem usado e, por isso, pode não denotar o que realmente quer dizer por si só, infelizmente. Usarei, pois, alguns outros para ver se consigo me manifestar de forma melhor.
Primeiramente, matar um ser humano, esteja ele na condição em que estiver, é, antes de tudo, violação da moral humana e da Constituição Federal de 1988 (cf. Art. 5º). Se fôssemos analisar por esses dois motivos, já seria motivo de embargo da ADPF 54. Entretanto, gostaria de ir mais além.
Uma família que preze por seus valores NATURAIS, não teria coragem de cogitar abortar um filho. Contudo, nos padrões atuais, vendo a situação em que vivem as famílias hoje em dia, percebemos claramente que seus valores não importam mais. Antes de Vossas Excelências pensarem em fazer leis que ajudem essa desunião, deveriam se preocupar em elaborar projetos que protejam a família, não tanto no caráter material, mas social, moral, ético. Como já estamos cansados de ouvir falar, a família é a base da sociedade, ou seja, esta não existe sem ela. Falo isso porque venho de uma família que, não me engrandecendo por isso, mas exortando-os, preza pelos valores que possui por natureza, a começar pela vida, e hoje percebo claramente que tais valores que me foram ensinados desde o berço estão sendo corrompidos pela sociedade que não tem juízo para perceber a desgraça que está atraindo. Outras famílias podem já ter sido destruídas pelo individualismo, pelo relativismo e por tantos outros que vemos hoje na vida no mundo e, justamente por isso, concordam com seu projeto. O conselho é que, primeiramente, deveriam ser re-educadas nos bons valores para depois Vossas Excelências não precisarem perder seu tempo projetando determinações como a ADPF 54, uma vez que não seria necessário e, mesmo que se cogitasse fazer algo do tipo, seria facilmente rebatido.
Está na hora de se fazer o que DEVE ser feito, e não mais o que se faz por impulso, para agradar alguns, ou mesmo a maioria, mas uma maioria pervertida por costumes deturpados devido às más administrações.
A liberdade de expressão é uma realidade e não deve jamais ser contida, já que é um direito de todos. Entretanto, não podemos nos esquecer de que vivemos em uma comunidade, um país, uma nação, todos somos o Brasil e isso também deve ser levado em consideração.
Lembremos que a medicina sempre busca a vida. E hoje, devemos agradecer porque ela já chegou a um nível em que muitas doenças já podem ser curadas e muitas outras, tratadas. Não quero com isso dizer que a anencefalia tenha cura, já que é é um problema de má formação, mas o problema está no fato de o homem achar que as leis humanas superam as leis naturais. Se a pessoa (porque o é, querendo ou não) vai morrer por causa da anencefalia, não cabe a nós, seres humanos, dotados de razão, antecipar isso. Ao contrário, devemos amá-la, desde o momento de sua fecundação até o momento de sua morte, como amamos nossos pais, filhos, cônjuges e tantos outros aos quais temos um afeto especial.
Tenho mais alguns argumentos, mas deixarei-os para outra ocasião, pois temo que estes, somados aos outros, por comporem um texto demasiado longo, possam ser tratados com superficialidade por Vossas Excelências e, se assim fosse, eu nem teria escrito este e-mail, já que a minha intenção é a de sensibilizá-los a respeito de alguns pontos da maneira mais clara e profunda possível.

Desde já, agradeço a atenção e fico no aguardo de uma possível resposta SATISFATÓRIA a respeito do assunto.

Atenciosamente,
Elias Pavan.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O encontro do homem das dores com a mulher dolorosa

Publico a seguir um texto muito bonito, de autoria do amigo padre dom Gregório:
"Encontro! Da realidade e da amplidão de significância desta palavra depende tudo na vida. Tudo se origina de um encontro. Tudo de bom, tudo de menos bom. Do encontro amoroso eterno da Santíssima Trindade originou-se, como transbordamento de amor, a Criação de tudo que existe. Do encontro de Deus com o homem, obra sua, originou-se uma história de amor e harmonia que, rompida pelo pecado, se tornaria “história da salvação”. Dos vários encontros de Deus com os homens ao longo de tal história, originou-se um povo chamado a ser sinal erguido entre todos os povos, um sinal que propagasse a “saída” para a nossa vida: esta saída era a comunhão, a aliança com Deus. Muitos encontros ao longo dos tempos revelaram-nos Deus fiel, amante do ser humano fraco e propenso à infidelidade. Mas um encontro excelente, inigualável, estava ainda por acontecer... E aconteceu no evento maravilhoso da encarnação, quando a doação e o esvaziamento infinitos de Deus encontraram a acolhida generosa de Maria: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós... Desde então, Deus voltou a passear com os homens sobre a terra, tal como descrito no Gênesis sobre os primeiros dias da criação. Desde este encontro, o caminho foi redescoberto, o caminho para Deus indicado no rosto tão humano de Jesus! E este rosto tão humano de Jesus não fez outra coisa senão revelar o rosto do Pai: misericordioso, acolhedor, perdoador, benigno, compassivo, infinitamente paciente, e, por estas mesmas razões, todo poderoso. Mas este rosto tão humano de Jesus mostrou também ao Pai o rosto de cada pessoa que vem a este mundo: rosto de menino, de jovem crescendo e confrontando-se com o mundo, de homem que trabalha, de mãe que sofre calada, de medo da morte, de sensação de fracasso, de lágrima quente de amor, de intuição do abandono... Jesus realmente nos revela Deus! Jesus realmente nos revela a nós mesmos... O menino especial de Belém, o adolescente e jovem oculto de Nazaré, o homem que vai tomando consciência de sua origem sem igual, o Filho de Deus que vai revelando o Pai enquanto instaura e anuncia um novo Reino por onde anda... avançava para um encontro definitivo, depois do qual, livre das leis do tempo e do espaço, se encontraria com todos os seres humanos permanentemente, pois, atraindo-os para Si, iria habitar em seus corações fazendo dos mesmos o templo de Deus... O menino avançava para o encontro pascal com a cruz, para o abraço ao santo lenho que mudaria para sempre a história do mundo, pois vencida a morte a partir de dentro torná-la-ia inofensiva a todos... O Filho do Homem avançava para o encontro do Calvário, mas antes, uma vez mais, de modo triste e terno, encontra-se na via crucis com a sua Mãe que logo mais passaria a ser, aos pés da cruz, nossa Mãe. Em Maria, nossa melhor expoente, nossa máxima representante, se dava o encontro do Filho com a Mãe, mas ao mesmo tempo o encontro de toda a humanidade com Deus! Doravante a dor e o sofrimento humanos são povoados por uma presença materna; doravante a dor e o sofrimento das mães são preenchidos e habitados por uma presença divina. Nenhuma lágrima humana cai no vazio, no sem-sentido. Não! Todas são recolhidas e guardadas no coração de Deus. A ternura corajosa de Maria, vencendo a brutalidade hedionda daquele cortejo de subida de três condenados ao Calvário, comoveu o Céu para sempre... Naquele encontro o Céu também ganhou uma Mãe, Rainha dos Anjos e dos Santos. Uma Mãe compassiva. Neste momento, resplandeceu já a vitória da Ressurreição... Mas... Ainda que não tivesse se dado a Ressurreição, graças a este encontro de Jesus sofredor com Maria desolada no caminho para o Calvário, saberíamos do sentido da dor e do sofrimento do Filho do Homem e de todos os homens: tal sentido reside no amor, no amor expresso nos olhares cruzados de Jesus e Maria... Oxalá também nós, em nossas via-crucis cotidianas, cruzemos o nosso olhar com os olhares de Jesus e Maria... Então o sentido brilhará. Então a salvação entrará em nossa casa.
Pe. Dom Gregório Maria Botelho, OSB Oliv."
Lindo texto, reproduzido aqui na íntegra. Sugere reflexão profunda, sobretudo neste tempo de conversão em que vivemos. Muito bom para pensar no sentido da Semana Santa, como forma de ajudar a, de fato, reconhecermos o verdadeiro mistério que iremos celebrar logo mais, na Solenidade das solenidades, a Páscoa.